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PROJETO CERVANTES 

 Obra Social e Cultural do C. E. Eurípedes Barsanulfo

CNPJ: 26 943 563/0001-07

ENDEREÇO

 Rua Joaquim Pires de Miranda Quadra 41 Lote 4-B, nº 279, Setor Vila Grimpas

 Hidrolândia-GOIÁS. CEP: 75340-000.

CONTATO: (62) 9 9613-1724 

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E-mail: antoniomarcos.jus@hotmail.com

RESPONSÁVEL PELA INSTITUIÇÃO:

  Antônio Marcos Teodoro Silva

DIRETOR

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Com o intuito de promover o livro e a leitura ao longo da vida, buscando o lado terapêutico da leitura e utilizando-se da literatura em ações sociais e bem como o ativismo cultural, nasce o Projeto Cervantes.

O Cervantes é mais que um projeto de leitura, é um projeto de cultura por excelência, e surge em busca de todos que têm em comum o gosto pela leitura sem o tecnicismo acadêmico; busca também a formação de novos leitores, acredita que a boa leitura além do aspecto terapêutico, promove o desenvolvimento do país e da sociedade, formando cidadãos com senso crítico, ético e moral.

O pilar fundamental do nosso projeto, é a literatura clássica mundial.

Ítalo Calvino (Santiago de las Vegas, 15 de outubro de 1923 – Siena, 19 de setembro de 1985) foi um dos mais importantes escritores italianos do século XX. Nascido em Cuba, seus pais eram cientistas italianos que passavam uma curta temporada no país para depois retornar à Itália pouco tempo após o seu nascimento.

Mas, o que é um livro clássico? Como identificá-lo num universo quase infinito de livros? Para tal resposta, reportemos ao cubano de nascimento, e italiano a vida toda Ítalo Calvino (1923-1985), em seu livro Porque ler os clássicos da editora Companhia de Bolso, vejamos:

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Os clássicos são livros que, quanto mais pensamos conhecer por ouvir dizer, quando são lidos de fato mais se revelam novos, inesperados, inéditos.

 

Calvino ainda nos traz mais definições (que são infinitas) de livros clássicos:

 

Um clássico é um livro que vem antes de outros clássicos; mas quem leu antes os outros e depois lê aquele reconhece logo o seu lugar na genealogia.

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Não é por acaso que o professor Dante Gallian criador do Laboratório de Leitura utiliza-se da literatura clássica no mesmo. Que aliás, nos experimentos literários de sucesso, desenvolvidos pelo

Dante Gallian é historiador, mestre e doutor em História Social pela FFLCH-USP, com pós-doutoramento pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) de Paris, França. É professor de História da Medicina para o curso médico da UNIFESP, de História e Filosofia das Ciências e Bioética para os cursos Biomédico e de Enfermagem e coordenador do Laboratório de Humanidades da mesma universidade. Além disso, é autor de dezenas de artigos científicos em revistas nacionais e internacionais e outros livros sobre história, literatura e cultura, com destaque para a obra A literatura como remédio: os clássicos e a saúde da alma.

professor, surge o livro A Literatura como remédio: Os clássicos e a saúda da alma, de sua autoria, em que transcrevemos pequeno excerto sobre a importância da leitura para a saúde da alma e porque não dizer também do corpo:

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...O remédio é, como veremos, muito antigo. Foi descoberto ou inventado ainda na aurora da humanidade e, ficando às vezes meio esquecido, precisa ser constantemente resgatado, para que essa mesma humanidade não adoeça mortalmente. Sim, não cabe mais fazer esse mistério: esse remédio são as histórias. (...) Chamo de remédio, porque desde a mais tenra infância, estas histórias eram o que enchiam a alma, quebravam a rotina dos dias cinzentos, abriam as portas para outra dimensões e patamares da realidade. Divertiam, encantavam, ensinavam e, mesmo quando eram amargas e tristes (pois é próprio do remédio às vezes ser amargo), sempre faziam bem.

 

Portanto, esse remédio especial é a literatura. Sendo o Projeto Cervantes, um projeto eminentemente literário, o mesmo proporcionará vários benefícios:

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- Conhecer outros pontos de vista;

- Criar hábitos de leitura;

- Abrir os olhos para outros géneros e tipos de histórias que geralmente não leem;

- Fazer com que leiam mais, aumentando a sua capacidade de compreensão;

- Aprender e desenvolver habilidades de comunicação;

- Reforçar relações familiares e de comunidade;

- Divertimento e fazer amigos. 

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Ainda, sobre o valor terapêutico que proporciona uma boa leitura, vejamos a fala do patrono do nosso projeto, Miguel de Cervantes em seu livro Dom Quixote, capítulo L:

                                           

“... creia-me Vossa Mercê, e, como já lhe disse, leia estes livros, e verá como lhe desterram a melancolia e lhe melhoram a condição, se acaso a tiver má. Eu de mim sei que depois de me ter metido a cavaleiro andante, sou bravo, comedido, liberal, bem-criado, generoso, cortês, audaz, brando, paciente, sofredor de trabalhos, de prisões, de encantamentos, e ainda que há tão pouco tempo me vi metido dentro duma jaula, como se fosse doido, espero, pelo valor do meu braço, ser dentro de poucos dias rei de algum reino, onde possa mostrar o liberal agradecimento que o meu peito encerra; ”

 

Juntos, vamos descobrir, partilhar reflexões e inquietações a partir de uma experiência de leitura de um livro, conto ou outra ação literária, recomendada pelos coordenadores do Projeto.

 

O Projeto Cervantes pode ocupar-se de todos os assuntos de utilidade para as ciências e letras, desde obras religiosas, mormente espíritas, clássico da literatura universal ao contemporâneo.

 

Enfim, Aline Machado (Historiadora e mestranda em Literatura pela UFOP), resume muito bem o papel da literatura em nossas vidas: “a literatura nos auxilia a desenvolver a sensibilidade, com ela aprendemos mais sobre nós mesmos e sobre os outros, ela nos torna mais flexíveis e tolerantes, nos auxilia a refletir, a deliberar. Como afirma Calvino “há coisas que só a literatura pode nos dar”.

Nosso Patrono - Miguel de Cervantes

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Dentre os vultos preeminentes da literatura espanhola, aliás bastante rica tanto pelo número de suas obras, senão também pelo de seus autores, um deles conseguiu sair dos limites territoriais da velha Espanha para se estender pelo mundo. Foi Miguel de Cervantes Saavedra que, embora jamais houvesse frequentado uma Universidade, escreveu «D. Quixote e Sancho Pança», obra mundialmente conhecida. Refugiado em Roma, devido naturalmente às suas imprudências juvenis, alistou-se no Exército italiano; era esse o meio mais fácil de conseguir recursos para sua manutenção. Lutou na batalha de Lepanto, sofrendo sério ferimento na mão esquerda, inutilizando-a completamente. Finda a guerra, tentou retornar à pátria, mas, capturado pelos piratas mouros, foi vendido como escravo. Só no fim de cinco anos o resgataram. Liberto, experimentou a sorte como poeta. Seus versos, porém, foram considerados, aliás com justiça, os piores versos de toda a história da literatura espanhola. Irrequieto, como sempre, pensou em ser escritor e entregou-se à confecção de vários dramas, cuja produção foi entre 30 e 40 peças. E diz um de seus biógrafos que ele era «um vulcão de energia em plena erupção. Mas um vulcão que, em vez de lavas, lançava apenas cinzas.» Seus dramas eram ainda piores que sua poesia. Tentou, por fim, um romance pastoral. Foi o seu mais completo fracasso. Tudo fazia concluir que Cervantes jamais seria escritor, não era o seu destino. Acabou capacitando - se de que jamais seria poeta, romancista ou coisa que o valha. Desiludido, ingressou no comércio; depois, tornou-se coletor de impostos em Granada; foi preso em virtude de sério desfalque, sem que, todavia, ficasse positivado fôsse ele o autor. Depois de alguns anos de prisão, foi posto em liberdade, quando então tentou novamente a literatura, sem êxito ainda. Assim, de fracasso em fracasso, no terreno literário, completou Cervantes seus 58 anos de vida, que foram 58 anos de lutas e de reveses! Realmente, com essa idade e com tal bagagem de fracassos, que se poderia esperar desse homem? Mas eis que um dia Miguel de Cervantes, completamente desiludido, alquebrado e desgostoso, sem saber explicar o que se passava consigo, sentira vontade de escrever. Mas escrever o quê? Não sabia. Obediente, porém, a essa vontade, sentou-se, olhou para o papel, um tanto atônito e surpreso, enquanto uma voz que soava dentro de si lhe dizia: - És um fracassado em literatura, mas te tornarás célebre com o nosso concurso. E ele automàticamente iniciou o trabalho, para dentro em breve ser dado à publicidade o «D. Quixote», tido como uma das obras-primas do engenho humano! Por meio dessa obra, os Espíritos ofereceram-nos a história de um louco manso. Nesse «D. Quixote» vemos muitas vezes a nossa própria história, porque todos somos realmente uma combinação de D. Quixote e Sancho Pança. «Há momentos em que confiamos na força de nossos braços e momentos em que confiamos na agilidade de nossas pernas.» E mais ainda: «em certas ocasiões, sábios na nossa loucura, atacamos moinhos de vento como D. Quixote, e momentos há em que, tolos na nossa sabedoria, fazemos como o escudeiro; hoje evita a luta para dormir à noite sobre a terra». Terminada essa primeira parte da célebre obra de Cervantes, os Espíritos dele se afastaram e o pobre coitado, durante longos dez anos consecutivos, escreveu poesias medíocres, várias peças que nunca viram o palco, e uma coleção de contos também medíocres. Cervantes, evidentemente, reconhecendo sua própria incapacidade para encetar a segunda e última parte de «D. Quixote», não mais pensava em tal. E aqui vem a propriedade do dito popular: - o homem põe e Deus dispõe. Os Espíritos que a ditaram vão agora terminá-la, e, para despertarem o ânimo abatido de Cervantes, inteiramente apático à influência espiritual, fazem que alguém, que se encobriu com o pseudônimo de Avellaneda, escrevesse essa continuação espúria de «D. Quixote». Isto foi o bastante para fazer vibrar intensamente a sensibilidade de Cervantes, que se recordou, então, daquele dia em que uma voz interior lhe disse que se tornaria célebre em literatura, e então, como numa invocação saída do fundo de sua alma, murmurou: - Quem sabe se essa voz voltará e eu escreverei a segunda parte de «D. Quixote»? Aproveitando-se desse seu estado psíquico favorável, os Espíritos concluíram a obra. Essa segunda parte de «D. Quixote» surgiu no mercado de livros no ano de 1615, e no ano seguinte o Espírito de Miguel de Cervantes retornava à pátria espiritual!

Fonte: Grandes vultos da humanidade e o espiritismo.

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